quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O NOVO CASAMENTO!




As forças espirituais do universo são tão fortes que a personalidade impura não pode suportá-las. Na medida em que existem na mente e na consciência de alguém negatividade e distorção, essas poderosas correntes se manifestam como crise, dor e perigo. Contudo, ser receptivo ao influxo divino da consciência crística e fazer parte dele é o anseio profundo de todas as almas. 

O desenvolvimento da instituição do casamento tem grande importância encarado desse ponto de vista. É preciso avançar mais, uma vez que vocês são capazes de ampliar e aprofundar a compreensão do casamento e usar esse conhecimento para expressar esse anseio. Este é sempre o primeiro passo para concretizar o que vocês desejam. 



O CASAMENTO ATRAVÉS DAS ERAS 


Vamos considerar a evolução do casamento até hoje e abrir a visão para o futuro, para vocês visualizarem a atitude atual em relação a essa instituição tendo em mente o quadro maior. A história só pode ser devidamente entendida quando se vislumbra o significado espiritual subjacente aos eventos terrenos. 
Num passado não muito distante, o casamento atendia a várias finalidades, das quais as menos importantes eram compartilhar, amar ou ter reciprocidade em todos os planos da personalidade. Com efeito, o amor, a entrega sexual recíproca e o profundo intercâmbio de níveis dinâmicos de energia eram rejeitados e condenados. O casamento devia ser um contrato financeiro e social para satisfazer outras funções da personalidade e motivações inferiores. As vantagens financeiras e sociais eram primordiais. Mais significativa ainda era a convicção plena de que essas motivações eram moralmente corretas e virtuosas. Os homens casavam com mulheres que tinham um dote e que elevavam sua imagem social. Em outras palavras, a cobiça e o orgulho eram apresentados sob uma luz mais favorável e considerados justos. 

Os homens se consideravam superiores às mulheres. Desposar uma mulher significava nada mais do que adquirir uma escrava que obedecia ao dono da casa, que cercava o homem de todo o conforto e comodidade, sem exigir nada para si. Em troca desses serviços, que incluíam ser objeto da luxúria em grande parte impessoal do homem, a mulher recebia segurança material. Sua única responsabilidade era ser um objeto adequado ao seu senhor. Naturalmente, vocês entendem que a responsabilidade do homem ia muito além da simples responsabilidade financeira. Como a mulher não era considerada em igual, moralmente ela era muito pouco responsável. Naqueles séculos, a responsabilidade emocional e mental não existia como conceito, mas sem dúvida existia de fato. Mesmo sem a percepção do conceito, os homens admitiam essa responsabilidade com relação a outros homens, mas a negligenciavam totalmente ao lidar com mulheres.
Evidentemente, isto não era apenas conseqüência da distorção e negatividade do homem; era igualmente resultado de uma intencionalidade firmemente enraizada na psique da mulher. As mulheres recusavam a responsabilidade por si mesmas em todos os níveis, pelo maior tempo possível, e assim eram co-criadoras do relacionamento desigual entre os sexos. 

O MEDO DO PODER DA CORRENTE UNIFICADA 


Os dois sexos tinham medo – e ainda têm – das poderosas energias espirituais envolvidas nas forças do amor, de Eros e da sexualidade entre homem e mulher. Esse poder cósmico é a própria corrente criativa da qual tudo é feito. Essa poderosa corrente pode expressar-se de muitas formas, não apenas como uma força de união entre homem e mulher. Pode expressar-se através das disciplinas espirituais, fundindo o princípio masculino e feminino e as correntes de poder na alma de cada um. A alma não purificada não consegue suportar essa corrente de poder. Na medida em que a substância de alma impura fermenta na personalidade, a corrente de poder precisa ser negada, reprimida e cindida. A sexualidade que se manifesta sem amor, compromisso e respeito é exatamente essa corrente negada e cindida. Os seres humanos que acreditam que o sexo pornográfico ou promíscuo é mais prazeroso do que a sexualidade que deriva do todo unificado e combina amor e união espiritual, não poderiam estar mais errados. A verdade é exatamente o contrário. Mas o poder dessa sexualidade é tão forte que não pode ser suportado pela alma que ainda vive parcialmente na escuridão. 

Outro erro humano é acreditar que pessoas casadas e fiéis estão necessariamente além do estágio da sexualidade dividida. O casamento típico dos tempos antigos era uma completa supressão, repressão e negação das correntes espirituais de poder. No homem, a negação muitas vezes ainda se manifesta como incapacidade de ter fortes sentimentos sexuais pela mulher que ele ama, honra e respeita. Às vezes, o medo inconsciente da corrente de poder é tão forte que a cisão é total, e o homem se vê incapacitado de ter desejo sexual pela mulher amada. Em muitos casos,no entanto, existe uma cisão em relação a uma só mulher. Um homem pode honrar e amar relativamente à mulher que desposou e, no entanto, apagar a realidade dela durante o ato sexual. Isso só pode acontecer quando a mulher se torna um objeto inferior na mente do homem. O sexo total pode ocorrer no contexto do casamento respeitável e é plenamente aceito pela sociedade.
Para a mulher, a negação da corrente unificada de poder muitas vezes se manifesta pela total negação da realidade sexual do seu corpo. Sempre que a sexualidade dela se manifesta, apesar de todas as tentativas em contrário, ela é acompanhada de culpa e de vergonha. 

Atualmente, os equívocos sobre culpa e repressão sexual, no mundo de vocês, são quase tão grandes quanto sempre foi. As repressões e negações, as culpas e falsas vergonhas não são simplesmente o resultado de costumes sociais e influências da mentalidade intolerante, mas na verdade são produtos da incapacidade de transportar a força da corrente de poder totalmente unificado, cuja intensidade só pode ser suportada por alguém no mínimo relativamente liberto de negativismo, medo, dúvida e destrutividade.
A pessoa fortemente sexual que sente que sente sua sexualidade sema amor, sem uma profunda fusão pessoal com o outro especificamente escolhido, e que promiscuamente prefere parceiros ocasionais, sem nenhum envolvimento, em essência não é absolutamente diferente do moralista fiel à esposa com quem copula sub-repticiamente, por dever conjugal. Ambos temem a corrente amor-sexo que se unifica que pelo poder de Eros, pelo poder da reciprocidade do desenvolvimento da alma, e pelo compromisso entre os parceiros mediante a purificação pessoal. 

RUMO AO ÊXTASE MÍSTICO 

O relacionamento homem-mulher do passado e a atitude em relação ao casamento são resultados diretos do medo da corrente unificada amor-sexo. A autopurificação praticamente não existia para a pessoa comum, sendo praticada, com algum grau de importância, apenas em igrejas. Mas aqui também o pleno poder da corrente foi diminuído pelo edito do celibato. É certo que algumas pessoas particularmente dotadas e avançadas invocam esse poder espiritual pelos seus próprios meios. O êxtase místico é simplesmente a liberação da corrente de poder espiritual na qual Deus é sentido como uma realidade viva e física. Isto também pode acontecer, em termos ideais, através da fusão de um homem e de uma mulher suficientemente livres do medo, que sigam juntos o caminho da autopurificação. A união deles libera a corrente interna de poder, de modo que eles sentem Deus em si mesmos e no outro. 
Antes de levar mais adiante a análise dessa experiência, vamos voltar aos estágios evolutivos da história. O quadro que pintamos do casamento não é muito atraente. O casamento, como existiu por tanto tempo, era uma condição mais pecaminosa do que todos os pecados que os moralistas, que perpetuaram essas normas, condenavam. Esses moralistas dirigiam a acusação de pecado para o sexo ilícito, para o sexo promíscuo ou pornográfico, que poderia ser identificado externamente. É certo que esses atos realmente indicam a negação da unificação, concedida por Deus, do amor e da sexualidade, de amor corrente de poder, que em si é uma expressão da presença divina. 

Em determinado sentido, o medo e a negação são sintomas da alma impura – o espírito decaído se quiserem. Mas como vocês todos também cumprem uma tarefa no retorno ao estado de união com Deus, é fútil fazer um discurso contra isso. Os que fazem são espíritos decaídos, almas impuras, e partes desse mesmo movimento evolutivo. A atitude adequada em relação ao medo da corrente de poder total é a aceitação; é preciso um treinamento delicado para que a personalidade aos poucos possa aclimatar-se a essa força de alta potência e suportá-la confortavelmente. O êxtase acontecerá quando a alma crescerem estatura. Isso acontece mediante um processo de desenvolvimento ao longo de muitas encarnações.
O verdadeiro caráter pecaminoso da atitude com relação ao casamento, que predominou até recentemente, é conseqüência da culpa secundária. Em vez de admitir o medo de amar igual, o homem precisava rebaixar a mulher. Em vez de admitir o medo de amar um igual e sentir o prazer da sexualidade, a mulher afastou-se do homem, fazendo dele um inimigo. Em vez de admitir a responsabilidade por si mesma em todos os níveis, a mulher fez de si um objeto e acusou o homem por essa criação dos dois. Ambos os sexos negaram o medo, o que, num sentido mais profundo, poderia ser chamado de culpa primária, uma culpa comum a todas as pessoas. 
A negação do medo provocou culpas secundárias. Algumas delas deram força à energia do eu inferior. A cobiça material foi estimulada; dinheiro, poder e privilégio social tornaram-se o motivo da escolha de parceiros. As idéias em voga, as aparências, idealizadas imagens de si mesmo foram alimentadas; o orgulho e a vaidade foram elevados à categoria de falsos valores morais. Se vocês considerarem a indignação moral, a hipocrisia moral de homens e mulheres em relação aos que se desviaram das normas aceitas poderão entender a força da culpa secundária. O eu mascarado reivindicava a cobiça, o interesse calculista, a valorização da vaidade das aparências e o uso de um pelo outro como os mais elevados padrões morais. Essas reivindicações vão muito além da hipocrisia comum. Uma hipocrisia tão arraigada e tão perniciosa precisava ser erradicada com firmeza: caso contrário, a alma não poderia curar-se. É importante, que vocês vejam a natureza da atitude em relação ao casamento durante tantos séculos. O casamento por amor era uma grande exceção. 
O estado coletivo de consciência criou essas condições na maioria dos casamentos do passado. Esse mesmo estado coletivo de consciência também criou condições kármicas, pré-requisitos para uma orientação específica durante encarnações seguintes. Por exemplo, o antagonismo geralmente existente entre homens e mulheres precisava manifestar-se especificamente entre cada homem e cada mulher em grau muito maior do que hoje. Muitas vezes, duas pessoas estavam predestinadas a se encontrar como possíveis parceiros conjugais. A geração mais velha tomava as providências nesse sentido. Esse tipo de união deu ensejo ao afloramento de sentimentos e atitudes negativas gerais e específicas em cada pessoa; estes, uma vez conscientes, passaram a ser à base de sua transformação. Assim, os casamentos feitos no céu não eram absolutamente sempre uniões positivas de amor e afeto, de atração e respeito. A reciprocidade negativa entre muitos homens e mulheres criou a consciência coletiva, as condições kármicas e também os padrões sociais. 

UM GRANDE SALTO NA CONSCIÊNCIA COLETIVA 

Bem recentemente, a consciência deu um grande salto. A humanidade ficou preparada para se desfazer de velhas atitudes e criar novas condições, novos padrões, novos valores morais. Isso pode ser visto claramente em nossos tempos através de muitas mudanças drásticas. O movimento de libertação das mulheres, o movimento de libertação social e uma atitude muito diferente com relação ao casamento são sinais claros de uma atitude muito diferente com relação ao casamento, são sinais claros de uma nova consciência que aflora. Essas manifestações precisam ser encaradas à luz de uma direção evolutiva global; caso contrário, não é possível captar de fato o significado interior das mudanças. 
Em todos os movimentos evolutivos, o pêndulo tende a oscilar de um extremo a outro. Às vezes, esse fato é inevitável; outras vezes é até mesmo desejável, desde que as oscilações sejam limitadas. Mas quando elas são maiores do que o necessário ou o desejável surgem o fanatismo e a cegueira, exatamente como no outro extremo. 
Por exemplo, a liberdade sexual de nossos dias é uma reação à repressão dos tempos antigos. Até certo ponto, essa fase é necessária, enquanto não se completar a sabedoria da nova consciência, enquanto o compromisso com o parceiro passar a ser considerado como uma experiência mais livre, mais liberada e infinitamente mais desejável do que a troca indiscriminada de parceiros – ao reconhecimento dos efeitos debilitantes desse estado de coisas e do conseqüente libertinismo e expressão poligâmica. Desse ponto, o movimento pode agora passar para um novo alicerçamento na verdadeira liberdade e independência interior, que opta voluntariamente pelo compromisso monogâmico porque ele produz uma satisfação infinitamente maior. 

Um aspecto particularmente pernicioso da velha atitude em relação ao casamento é que a necessidade sexual, bem como a necessidade de companheirismo, foi contaminada e esse deslocamento era encarado como moralmente desejáveis. Sempre que uma corrente de alma é secretamente colocada a serviço de outra, ambas se tornam negativas. Se o amor, Eros e o sexo fossem colocados em seus devidos lugares, as necessidades reais de sucesso, de respeito na comunidade e de fartura material poderiam agir à moda do Eu Superior. A humanidade teve de se afastar dessa distorção, tornando-se inevitável certo grau de tumulto. A revolução sexual precisou manifestar-se às vezes de maneira indesejável-mas indesejável apenas quando vista fora do contexto.
Naturalmente, as verdadeiras lições precisam ser aprendidas individualmente. É exatamente dessa lição que estamos falando. Os velhos costumes precisam urgentemente de profundas mudanças. É preciso que apareça uma nova expressão sexual e a aceitação alegre do impulso sexual. Ao mesmo tempo, cada homem e cada mulher precisam entender a enorme importância do todo formado por amor, Eros e sexo; afeto e respeito; ternura e paixão; confiança e parceria; compartilhamento e ajuda mútua. É preciso, portanto, entender que a defesa do relacionamento comprometido não é um edito moralizante cujo propósito é privar você do prazer. Bem ao contrário. A corrente de poder evocada pela fusão entre amor, respeito, paixão e sexualidade é infinitamente mais extasiante do que qualquer fusão acidental poderia ser. Ela é tão forte, na verdade, que as próprias autoridades contra quem houve tanta rebeldia temem, mais que ninguém, essa corrente combinada. Essa as autoridades não estão muito distantes daqueles que se permitem sentir a sexualidade apenas na forma cindida, sem ligação com os sentimentos, ignorantes da verdadeira intimidade e partilha. 

A META FINAL 

É importante conhecer o estado no qual vocês podem e devem ingressar, pois este é seu destino. Sem este mapa, não é possível pilotar o navio. Mas existe uma diferença sutil, porém marcante, entre acompanhar organicamente este modelo e tentar forçar ser o que vocês ainda não são. Aceitem que vocês não podem ser imediatamente a pessoa ideal, totalmente unificada. Vocês sabem que é preciso muito tempo, muita experiência, muitas lições, muita tentativa e erro e inúmeras encarnações para que a alma se transforme num ser completo. Vocês precisam saber agora que existe esse estado, mesmo que ainda sejam bastante incapazes de vivê-lo. Precisam saber, sem se pressionarem, sem sermões, sem desânimo. Todas essas atitudes forçadas são destrutivas e errôneas. 
A tentativa de impor um padrão ideal, que as pessoas não têm condições de obedecer, infelizmente foi feita por quase todas as religiões organizadas. É por isso que a religião organizada é objeto de tamanho repúdio na atualidade. O estado de integridade deve ser trazido suavemente à consciência. Jamais deve se transformar num açoite. Deve apenas ser um lembrete de quem vocês realmente são; o que vocês jaó são em essência serão um dia no todo. 

Assim como é bobagem aderir ao ateísmo devido aos erros da religião, é bobagem descartar totalmente o casamento devido a distorções anteriores. Antes de o casamento começar a ser questionado por muita gente como instituição válida, a atitude em relação a ele já tinha começado a mudar consideravelmente, em especial nas últimas décadas. As pessoas começaram a escolher seus parceiros com liberdade, em geral motivadas pelo amor. Isto também levou, muitas vezes, a erros. As pessoas que eram jovens e imaturas demais para formar uma união realmente significativa escolhiam parceiros com base na atração superficial, sem conhecer a fundo nem a si mesmas nem ao parceiro. Não é surpresa que casamentos assim não sobrevivessem. Mas este passo era necessário para a maturidade.

Assim como as pessoas só aprendem errando, o mesmo acontece com a consciência coletiva. Novos costumes precisam ser testados pelas duas pessoas antes de a alma atingir a sabedoria e a verdade. A liberdade de escolher com independência, de sentir o prazer sexual e erótico, de cometer erros e de aprender com eles, de formar relacionamentos diferentes e mais maduros como parte do processo de crescimento, sem condenar os menos amadurecidos, tudo isso é necessário para entender a verdadeira importância do casamento. Ele deve ser encarado, não como a imposição de algemas por parte de uma autoridade moralizante, externa ou interna, mas como uma dádiva livremente escolhida, como o maior, o mais desejável estado imaginável, o mais agudo prazer e satisfação, que exigem que a alma e a personalidade tenham se tornado fortes, flexíveis, maduras e capazes. O contentamento, o êxtase e o prazer supremo não podem existir gratuitamente, não podem ser roubados. Não podem surgir assim. Só podem surgir quando a personalidade alcança um grau suficiente de purificação, de segurança, de fé, de autoconhecimento, de compreensão do Universo.

A liberação sexual precisa passar por alguns estágios que podem parecer exagerados ou que podem até ser exagerados, antes que a libertação sexual mais avançada – a unificação entre Amor, Eros e sexo – possa dar origem ao novo casamento. Encontros sexuais acidentais não devem ser encarados como o estágio final da liberação. Eles são, no máximo, uma fase temporária e limitada. Ninguém que já tenha passado por esse estágio se satisfez de fato com ele, nem mesmo no nível físico. Vocês podem se iludir pensando que é o melhor que podem esperar sentir, mas não é. Podem negar o anseio insatisfeito mais profundo, porque outro anseio, até então insatisfeito, foi mitigado. Mas ainda é preciso avançar muito para darem a si mesmos aquilo de que realmente precisam, aquilo que realmente querem, desejam e devem ter.
Como aconteceu com a revolução sexual, a libertação das mulheres também teve de ir a uma espécie de extremo – pelo menos temporariamente. Assim, algumas mulheres precisaram tornar-se tão duras e inflexíveis como o seu maior inimigo, o homem, para poderem sentir sua força, sua capacidade de serem independentes, responsáveis, criativas e engenhosas. Enquanto esta for uma fase passageira, da qual brotarão mudanças adicionais, tudo bem. Mas quando ela é encarada como o ideal final, torna-se tão prejudicial quanto ser a mulher-criança reprimida e dependente que vocês já não querem nem precisam ser. A nova mulher combina independência, responsabilidade por si e maturidade plenamente desenvolvida com a suavidade e a aquiescência que antes eram associadas exclusivamente à parasita dependente. O novo homem combina os sentimentos de seu coração, a suavidade e a gentileza com a força e a capacidade, não como a mulher, mas de forma complementar. Esses dois podem formar o novo casamento. 

O NOVO CASAMENTO DE FUSÃO E TRANSPARÊNCIA 

O novo casamento não acontecerá no início da vida. Se os parceiros forem jovens, já terão conquistado um considerável grau de maturidade como resultado do trabalho interior autêntico e intenso, como este caminho. O novo casamento é um núcleo de força, no qual os parceiros fortalecem um ao outro e a outras pessoas, na tarefa comum por uma causa maior. O novo casamento é totalmente aberto e transparente. Não há segredos de nenhum tipo. Os processos da alma dos parceiros são totalmente expostos. Esse tipo de abertura e transparência precisa ser aprendido. Este é um caminho dentro do caminho, por assim dizer. Falem a respeito da dificuldade para chegar a essa abertura, em vez de tentar negá-la ou escondê-la. Parte da abertura consiste em revelar o medo da forte corrente espiritual, das forças liberadas pela unificação da sexualidade e do coração. Quando o medo é exposto - mesmo que ainda não seja possível desembaraçar-se dele – os obstáculos são eliminados com relativa rapidez, e uma vibrante satisfação é o corolário da abertura.
No novo casamento, estar no caminho do profundo autodesenvolvimento e trazer à luz as partes ocultas do eu são pré-requisitos da satisfação num relacionamento vivo e vibrante. Quando a vibração reflui, é preciso que os dois parceiros, juntos, investiguem a causa. Pode haver um sem-número de razões para a estagnação, nenhum deles necessariamente mau ou vergonhoso. 
Quando todos os níveis das duas personalidades estão abertos para o outro, quando eles se juntam e, finalmente, se fundem, a intensidade e a vibração do encontro sexual ultrapassa tudo o que vocês são capazes de imaginar. Há um anseio profundo por essa satisfação, porque ela é de vocês por direito de nascença, é o seu destino. Ela só pode existir numa parceria como a que descrevemos. Esse tipo de fusão não é fácil de conseguir. É o resultado de infinita paciência, crescimento, mudança, transformação. Mas deve estar viva na mente de vocês como uma possibilidade a ser concretizada um dia. 

A fusão em todos os níveis da personalidade significa a fusão de todas as energias corporais. Este é um caso muito raro. Vocês virão a saber quando existe fusão apenas no plano físico e quando ela acontece nos planos emocional, mental e espiritual. Todas essas energias corporais existem na realidade e podem fundir-se ou não, de acordo com as condições predominantes. Quando a fusão ocorre em todos os níveis, vocês não se unem apenas ao parceiro, mas também a Deus. Vocês vêem Deus no parceiro e em si mesmos. Não é surpresa que a corrente de poder seja impossível de suportar enquanto as personalidades não atingem um grau elevado de desenvolvimento interior e purificação.
Depois que vocês perceberem que a fusão sexual é insuficiente e desinteressante se não englobar todas as energias físicas no processo de união, vocês enfocarão o encontro sexual sob um prisma muito diferente. A união sexual jamais será acidental ou aleatória; vocês a considerarão um ritual sagrado. Esses rituais serão criados por cada casal, e poderão mudar com o tempo. Jamais se degradarão ao nível de rotinas fixas. O encontro sexual é a verdadeira fusão dos princípios masculino e feminino como forças universais. Cada fusão sexual será um ato criativo, trazendo à tona novas formas espirituais, novas alturas de desenvolvimento dos dois eus, que podem ser transmitidas a outras pessoas. A combinação complementar desses dois aspectos divinos – as forças feminina e masculina – criará não apenas satisfação total, êxtase e felicidade, mas novos e duradouros valores e uma verdadeira experiência da realidade divina. 

Amor, Luz, Paz, Gratidão e Namastê! 
LOVE AND LIGHT TO ALL ! 




Publicada por RENAN ROXAN. NOAH, ETHAN,DIEGO,VLADIMIR,KADHI,ADNAN,MATSUO, RAJEEV , TIAN E ANONYMOUS.COORDENADORES MUNDIAIS

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