quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A FUNÇÃO DO EGO EM RELAÇÃO AO EU VERDADEIRO









Qual o objetivo da evolução? 

O objetivo, tanto quanto lhes diz respeito, só pode ser uma coisa: 
tornar-se o seu Eu Verdadeiro.

Primeiro, queremos discutir como o Eu Interior se distingue do eu exterior, ou como o Eu Verdadeiro difere do ego. Qual o relacionamento que eles guardam entre si? Existem muitas teorias confusas sobre a função do ego. De acordo com alguns, o ego é essencialmente negativo e indesejável, e o objetivo espiritual é ver-se livre dele. Outras teorias, particularmente aquelas que caracterizam o pensamento psicanalítico, dizem que o ego é importante, que onde não há ego não pode haver saúde mental. Essas são duas visões inteiramente opostas. Qual delas é a correta ? Qual é a falsa?
Recapitulemos brevemente a essência do Eu Verdadeiro. O seu Eu Interior é uma parte integrante da Natureza, presa às suas leis. Portanto, duvidar desse Eu mais íntimo não é razoável, pois a Natureza é absolutamente digna de confiança. Se a Natureza lhe parece um inimigo é apenas porque você não compreende as suas leis. O Eu Interior, ou Eu Verdadeiro, é a Natureza; ele é vida; é criação. É mais exato descrever o Eu Verdadeiro dessa maneira do que dizer que ele é “parte” da Natureza. O Eu Verdadeiro e a Natureza são uma e a mesma coisa.
Sempre que você opera a partir do Eu Verdadeiro você está com a verdade, você é feliz. As mais criativas e construtivas contribuições à vida do seu Eu Interior. Tudo o que é grande e generoso, tudo o que expande a vida, tudo o que é belo e sábio vem do Eu interior ou Verdadeiro.

A NECESSIDADE DE UM EGO FORTE

Se é assim, qual é então a função do ego, significando com essa palavra o nível externo da personalidade? O nível do ego é mais acessível e você tem uma percepção mais aguda e mais direta dele. O ego é a parte que pensa, que age, discrimina e decide. A pessoa cujo ego não se desenvolveu suficientemente é fraca, incapaz de ter domínio sobre a vida ou fazer-lhe face. E a pessoa que tem um ego excessivamente desenvolvido e enfatizado não pode chegar ao Eu Verdadeiro. Em outras palavras, ambos os extremos, a fraqueza do ego e sua hipertrofia, fatalmente impedem ao Eu Verdadeiro.

Somente quando o ego está suficientemente desenvolvido é que ele pode ser adequadamente dispensado. Ora, isso pode soar como uma contradição, mas não é. Pois se o ego está subdesenvolvido, seus esforços para compensá-lo criam uma debilidade e uma evasão que só podem produzir mais fraqueza. Enquanto o ego não for suficientemente forte, faltam a você as faculdades características do seu eu exterior, quais sejam: pensar, discriminar, decidir e agir adequadamente em qualquer situação encontrada no mundo exterior.

Qualquer um que lute para alcançar o Eu Verdadeiro, rejeitando o desenvolvimento de um ego saudável, o faz por pobreza. Essas pessoas ainda não se apropriaram do seu eu exterior. Isso pode dever-se à indolência, uma vez que o desenvolvimento do ego é muito difícil e elas esperam que esse passo vital possa simplesmente ser evitado. Esse erro, porém, como todos os erros, tem seu custo. Ele na verdade atrasa a consecução do objetivo. Só quando você se encontra plenamente de posse do seu eu exterior, do seu ego, é que pode dispensá-lo e alcançar o seu Eu Verdadeiro, só quando o ego é saudável e forte é que você pode saber que ele não é a resposta final, o domínio último do ser. Só quando possui um ego forte e saudável, que não é excessivamente desenvolvido nem recebe demasiada ênfase, é que você pode usá-lo para transcender a si mesmo e atingir um estado mais adiantado de consciência.

No seu trabalho neste artigo você aprende, através das suas meditações, a utilizar todas as faculdades do ego para ir além dele mesmo. Aquilo que você absorve deve primeiro passar pelas faculdades do seu ego. Em termos práticos: você primeiro sai para o exterior com as faculdades do ego e as utiliza para apreender verdades que mais tarde experimenta num nível mais profundo de consciência.

VÁ ALÉM DO EGO

Há muitos seres humanos que não se dão conta de que existe algo além do ego. Sua meta final é cultivar um ego forte, quer pensem ou não sobre isso nesses termos. Esse esforço pode levá-los a distorção de um ego excessivamente desenvolvido. Esse é um beco sem saída: em lugar de transcender o estágio do ego poderoso, as energias do indivíduo são usadas para engrandecê-lo ainda mais.

A lei diz que é necessário que se atinja um certo estado esse encontre plenamente lá antes de poder abandoná-lo por um outro mais elevado é extremamente importante e você deve entendê-la. Os seres humanos frequentemente a negligenciam e, com mais freqüência ainda, ignoram-na totalmente. A importância dessa lei não é suficientemente clara para a humanidade, a despeito da descoberta de muitas verdades espirituais e psicológicas.

Numa forma variante, a essência dessa mesma lei pode ser vista no tópico agora discutido: a função do ego em relação ao Eu Verdadeiro. O Eu Verdadeiro sabe que o Universo não tem limitações ,que, na verdade, existe a perfeição absoluta, que pode ser alcançada por todo indivíduo. Essa ilimitada expansão de faculdades e forças, no Universo bem como no indivíduo, torna possível aquela perfeição.

No momento do nascimento, a criança ainda não possui um ego. Sem o ego, é possível perceber essa mensagem do Eu Verdadeiro muito claramente. Mas, sem o ego, o significado dessa mensagem pode ser distorcido. Talvez você tenha descoberto e experimentado dentro de si mesmo a luta infantil por perfeição, por onipotência, por prazer absoluto, a bem-aventurança final que não conhece privação, insatisfação ou frustração.

Onde não há ego esses esforços são irreais, nocivos mesmo. Alguns de vocês vivenciaram que é preciso primeiro abandonar esses desejos ou esforços antes que possam retornar a eles e realizá-los.

Em outras palavras, cada um de vocês, que se encontra neste caminho, tem de aceitar as suas limitações como ser humano antes que possa perceber que possui uma fonte ilimitada de poder à sua disposição. Todos vocês têm de aceitar as suas imperfeições, bem como as imperfeições desta vida, antes que possam experimentar aquela perfeição absoluta que por fim descobrirão, que é o seu destino. Mas só lhes é possível compreender isso depois de terem abandonado a distorção infantil desse conhecimento. Somente quando o seu ego lida com o reino no qual as suas personalidades e os seus corpos vivem agora é que vocês podem compreender profundamente as suas reais faculdades e possibilidades, bem como o seu verdadeiro potencial.

Quando falo do objetivo último da perfeição, de poder ilimitado, de prazer absoluto, não queremos dizer que essa realização ocorrerá num futuro distante, quando você não tiver mais um corpo. Eu não falo desse estado em termos de tempo, mas em termos de qualidade ; ele pode ocorrer a qualquer momento, no momento em que você despertar para a verdade. E o despertar para a verdade só será possível quando você tiver encontrado e depois abandonado as distorções infantis de perfeição, poder e prazer absolutos. No ego subdesenvolvido, esses desejos não são apenas ilusórios, mas egoístas e destrutivos. Eles têm que ser abandonados antes que possam ser alcançados.

O QUE É O MAL ? 

A maioria das religiões ocidentais assume uma abordagem dualista para a grande questão do mal; elas dizem que o mal é uma força diferente do bem. De acordo com essa ideia, as pessoas têm de enfrentar uma tomada de decisão entre o bem e o mal. O ponto de vista religioso reconhece o perigo do mal, o seu poder antivida e a infelicidade e o sofrimento que ele traz. Por outro lado, existem também filosofias que afirmam que o mal não existe, que ele é uma ilusão. Ambos esses ensinamentos antagônicos expressam grandes verdades, mas a exclusividade com a qual eles as professam, no fim das contas, tornam falsas as suas verdades. De fato, negar a existência do mal é exatamente tão inverídico quanto acreditar que existem duas forças separadas, o bem e o mal. Você deve esforçar-se entre essas duas alternativas para encontrar a verdade resposta.

O MAL COMO ENTORPECIMENTO

O mal é o entorpecimento da alma, ou resulta dele. Por que o mal é entorpecimento ? Quando você pensa nos mecanismos de defesa em ação na psique humana, a conexão entre o entorpecimento e o mal torna-se clara. Crianças que se sentem feridas, rejeitadas e impotentemente expostas à dor e à privação, frequentemente descobrem que entorpecer os seus sentimentos é a única proteção contra o sofrimento. Isso é comumente um aparato protetor útil e muito realista.

De modo semelhante, quando as crianças estão confusas por perceberem contradição e conflito à sua volta, emoções igualmente contraditórias surgem na sua própria psique. Crianças não podem lidar com nenhuma dessas situações. O entorpecimento é também uma proteção contra suas respostas, seus impulsos e reações contraditórios. Nessas circunstâncias, ela pode mesmo ser uma salvação. Mas quando esse entorpecimento torna-se uma segunda natureza e é mantido muito depois que as circunstâncias dolorosas mudaram, e quando a pessoa não é mais uma criança indefesa, isso, na melhor das hipóteses, é o início do mal.

O entorpecimento e a insensibilidade em relação à sua própria dor significa o mesmo em relação à dor alheia. Quando uma pessoa examina as suas próprias reações de perto, pode comumente observar que a primeira reação espontânea em relação aos outros é um sentimento por eles e com eles, uma compaixão ou empatia, uma participação da alma. Mas a segunda reação restringe esse fluxo emocional. Algo estala por dentro e parece dizer não, o que significa que uma camada protetora de insensibilidade se formou. Nesse momento, a pessoa fica separa – aparentemente segura, mas separada. Mais tarde, o estado de separação pode ser exageradamente compensado por um falso sentimentalismo, uma dramatização e uma simpatia exagerada e insincera. Mas esses são apenas substitutos para o entorpecimento. Este, instituído pela própria pessoa, inevitavelmente se espalha para os outros, da mesma forma que toda atitude dotada em relação a si mesmo se expande inevitavelmente em direção aos outros.

Podemos distinguir três estágios de entorpecimento. Primeiro, entorpecimento em relação a si mesmo, como um mecanismo de proteção; segundo, entorpecimento em relação aos outros. Neste estágio, ele é uma atitude passiva de indiferença que permite observar o sofrimento alheio sem sentir desconforto. Muito do mal que há no mundo é causado por esse estado de alma. Justamente por ser menos óbvio, ele é mais prejudicial a longo prazo, pois a crueldade ativa induz reações mais rápidas. A indiferença passiva, contudo, nascida do amortecimento dos sentimentos, pode passar despercebiba por ser muito fácil de camuflar. Ela permite que a pessoa siga os impulsos mais egoístas sem que essa atitude seja detectada. A indiferença pode não ser tão ativamente maléfica quanto a crueldade ativa, mas ela é tão danosa quanto esta a longo prazo.

CRUELDADE

O terceiro estágio do entorpecimento é a crueldade ativamente infligida. Ele tem sua origem no medo dos outros, que parecem estar à espera desses atos; na incapacidade de lidar com fúrias desabridas ou num processo sutil de fortalecimento do aparato protetor de entorpecimento. A princípio, isso pode aparecer incompreensível, mas quando você pensa profundamente sobre o tema, descobre que as pessoas podem ocasionalmente, quase conscientemente, achar-se à beira de uma decisão: “Ou eu permito que os meus sentimentos busquem uma empatia com o outro ou, para repelir esse forte influxo de sentimentos calorosos, eu tenho que agir de maneira exatamente oposta”. No momento seguinte, esse raciocínio se foi, a decisão consciente foi esquecida e o que permanece é uma força que compele a atos cruéis.

Em todos esses casos pode-se ver repetidamente como todo o dano , toda a destrutividade, todo o mal resultam da negação do Eu Verdadeiro espontâneo e da adoção de reações secundárias como substitutos que, de uma forma ou de outra, estão sempre relacionadas como medo.

A fronteira entre o entorpecimento e a crueldade ativa é com freqüência muito tênue e precária, muito dependente de circunstâncias aparentemente externas. Se as pessoas compreendessem esses processos, não apenas intelectualmente mas dentro delas mesmas, elas estariam equipadas para lidar com a crueldade do mundo, que tão frequentemente dá origem ao desespero , à dúvida e à confusão.

A crueldade ativa entorpece que a perpetua em um grau ainda maior. Ela não apenas proíbe o influxo dos sentimentos positivos espontâneos como também afasta o medo e a culpa. O ato de infligir dor aos outros ao mesmo tempo mata a capacidade que a própria pessoa tem de sentir. Portanto, ela é um aparato mais forte usado para alcançar o entorpecimento.

Você sempre deve distinguir os comportamentos ativos, tanto de crueldade quanto de indiferença, das tendências emocionais. A indiferença ou o entorpecimento podem não ser ativamente executados; é possível experimentar essa não-participação e esse entorpecimento mas não agir de acordo com eles. Você pode fazer tudo o que puder para ajudar outra pessoa, talvez algumas vezes até exagerar, só porque não quer, no nível consciente, ser tão indiferente. O desejo de ferir os outros pode existir apenas como uma emoção, sem que jamais seja expresso em atos. Contudo, quando você se sente culpado, não diferencia essas manifestações vitais e, assim, não faz diferença se você sente e age de forma destrutiva e danosa. Por conseguinte, toda a área problemática é negada , empurrada para fora da consciência, onde ela não pode mais ser corrigida. Admitir , reconhecer, encarar uma emoção, não importa quão indesejável ela seja, não pode jamais ferir a própria pessoa ou os outros e, com o tempo, necessariamente dissolve o sentimento negativo. Confundir o impulso com o ato e, portanto, negar a ambos , resulta em extrema perturbação para a personalidade, afetando os outros indiretamente, sem esperança de mudança enquanto o processo permanece inconsciente.

Visto sob essa luz , ficará claro que o entorpecimento em seu extremo torna-se uma crueldade ativa. A diferença entre eles é apenas em grau. É de extrema importância que você entenda isso, pois aqueles que estão mais chocados, mais temerosos e incapazes de lidar com a crueldade que existe no mundo, e que mais sofrem com o simples conhecimento de que ela existe, fizeram-se inevitavelmente entorpecidos de algum modo e, consequentemente, sofrem pela culpa. Portanto, deve existir uma correlação entre o entorpecimento de uma pessoa e sua abordagem ou atitude em relação aos aspectos maléficos da vida. Algumas pessoas podem estar exageradamente sobrecarregadas, outras exageradamente sentimentais, outras ainda podem ser demasiadamente duras e indiferentes à existência do mal. Qualquer uma dessas reações exacerbadas está obrigatoriamente ligada ao entorpecimento que, em algum aspecto, foi instituído na psique. Num certo momento, esse entorpecimento pareceu ser a única proteção disponível; depois, ela foi inconscientemente mantida.

LIGAÇÃO DA FORÇA VITAL COM SITUAÇÕES NEGATIVAS

Com freqüência, pergunta-se por que existe a destrutividade, a doença, a guerra e a crueldade. As respostas para essa pergunta, em geral, não são suficientemente compreendidas, mas mesmo quando elas são compreendidas, mas mesmo quando elas são compreendidas em parte , algo fica faltando. Penso que a maioria de vocês agora está pronta para entendê-lo num nível mais profundo. Temos dito repetidamente que as concepções errôneas criam o conflito, e isso é perfeitamente verdadeiro. Existe porém um elemento adicional sem o qual nenhuma concepção errônea poderia ter poder. É o seguinte: a mera negatividade, como numa atitude destrutiva, tem um efeito destrutivo muito menor que a destrutividade ligada e combinada ao princípio vital positivo. É isso o que torna as manifestações neste plano terrestre particularmente sérias ou severas. Em outras palavras, quando uma força positiva se mistura com uma atitude destrutiva ou com negatividade, sua combinação cria o mal. A verdadeira destrutividade é, portanto, não apenas uma distorção da verdade e dos poderes universais construtivos. Se o princípio vital positivo não estivesse envolvido e não fosse utilizado inadvertidamente, então o mal, ou destrutividade, teria uma duração mais curta.

A melhor maneira para que você possa aplicar o que dizemos aqui, e retirar deste artigo mais que um princípio vago e abstrato, é vendo-se a si mesmo da seguinte perspectiva: Todos vocês descobriram certas feridas e dores que suportaram quando crianças. Alguns começaram a compreender, mesmo que muito superficialmente, que no momento em que foram feridos um processo específico teve lugar. O princípio erótico, ou princípio do prazer, foi posto a serviço do seu ferimento, do seu sofrimento, da sua dor. Todas as emoções surgidas dessa ferida original, de acordo com o seu caráter e o temperamento , também combinam com o princípio do prazer. Essa ligação cria todas as dificuldades pessoais, todas as circunstâncias indesejáveis.

Todas as almas que habitam esta Terra, somadas, criam o conflito geral do gênero humano. Quando você se der conta do número de pessoas. Independentemente da sua ação exterior, que só pode experimentar o princípio do prazer em fantasias de crueldade, vai compreender que esse é o verdadeiro núcleo da guerra – da crueldade como um todo. Isso não deve fazê-lo sentir-se culpado. Antes, deve esclarecê-lo e libertá-lo para permitir que os seus processos internos se transformem. Porque foi uma ferida malbaratada e mal-entendida que criou essa situação. A crueldade sem o princípio do prazer jamais poderia ter poder real. A falta de consciência dessa combinação de crueldade e prazer não alivia, de modo algum, o efeito que ela tem sobre o clima geral da emanação da humanidade.

A PERSISTÊNCIA DO MAL: O PRAZER LIGADO À CRUELDADE

Se você experimentou a crueldade, o seu princípio do prazer está ligado a ela e funciona de certa forma em conexão com ela. Com freqüência, a culpa e a vergonha em relação a isso são tão fortes que toda a vida de fantasia é negada, mas às vezes esse fato é consciente. Deve-se estabelecer a consciência dessa verdade e ela deve ser compreendida de um ponto de vista geral pois, se for verdadeiramente entendida, tanto a culpa quanto a vergonha serão removidas. Na medida em que crescer a compreensão, o princípio do prazer responderá gradualmente a eventos positivos.

A combinação do princípio do prazer com a crueldade pode existir de forma ativa ou passiva. Isto é, o prazer é experimentado ao infligir-se crueldade ou ao suportá-la – ou ambos. A ligação do princípio do prazer a uma condição na qual ele funciona mais fortemente em conjunção com a crueldade cria uma retirada do amor, limita-o e torna a verdadeira experiência do amor impossível. O amor existe apenas como um vago anseio que não pode ser mantido ou seguido até o fim. Nessas circunstâncias, o amor não é uma experiência tentadora e prazerosa que pode ser para uma outra parte da personalidade. O anseio pelo prazer do amor e a ignorância do fato de que se rejeita a sua verdadeira experiência, por medo da ligação do princípio do prazer à negatividade, comumente criam uma profunda desesperança. A desesperança pode ser entendida e instantaneamente eliminada assim que este fato particular for compreendido em toda a sua profundidade.

Em casos menos evidentes, quando a criança não sofre uma agressão tão direta, mas apenas uma vaga rejeição e não-aceitação , o princípio do prazer se integrará numa situação semelhante, de tal forma que, a despeito de desejo consciente por aceitação, o fluxo do prazer só será ativado junto com a rejeição. Há vários graus e variações dessa situação. Existem, por exemplo, situações em que a criança experimenta apenas uma aceitação e rejeição parciais. Nesse caso, o princípio do prazer se associa a uma ambivalência semelhante. Isso cria um conflito nos relacionamentos da vida real.

A primeira hipótese, a de associar crueldade ao princípio do prazer, tornará um relacionamento tão incerto, que muitas vezes ele é totalmente evitado. Ou você o achará tão assustador que fica perplexo e, nesse caso, sente-se incapaz de continuar com ele. Ou você poderá ficar inibido por causa da vergonha de querer infligir ou suportar crueldade, o que impede toda espontaneidade e faz você se retrair ou torna confusos todos os sentimentos.

É muitíssimo importante entender este princípio. Ele se relaciona com a humanidade como um todo, bem como o indivíduo. Em geral, ele não tem sido bastante compreendido porque a psicologia e a ciência espiritual não se fundiram suficientemente. A psicologia tem feito algumas vagas tentativas para compreender este fator e, em alguma medida ele tem sido compreendido, no entanto, não é entendida a sua grande importância em termos de civilização e seu destino, ou evolução. Agora o mundo está pronto para entender este fato da vida.

Evolução significa que cada indivíduo, através do processo de autoconfrontação e de autopercepção, gradualmente muda a orientação interior do princípio do prazer. Na sua reação espontânea , mais e mais indivíduos responderão a eventos, situações e condições positivas.

Todos vocês sabem que essa mudança íntima não pode ser desejada diretamente. A expressão direta da sua vontade exterior pode e deve seguir na direção de manter e sustentar um trabalho deste artigo, o qual aumenta a habilidade de entender e cultivar a vontade e a coragem de olhar para si mesmo e descobrir e superar a resistência. E à medida que você faz isso, à medida que usa sua vontade e as faculdades do seu ego dessa maneira construtiva, a verdadeira mudança acontece, como alguns de vocês começam a experimentar, quase como se nada tivesse a ver com todos os esforços, como se fosse um subproduto, um desdobramento sem relação com esse esforço.

É assim que as coisas realmente são! É dessa maneira que o progresso e o crescimento devem ocorrer.

Gradualmente, através desse processo de crescimento, um indivíduo após outro reorienta os movimentos e as forças da alma. A expressão do movimento cósmico no interior da psique vai ligar-se então a condições e circunstâncias puramente positivas. Sentimentos positivos ou prazerosos não serão mais retirados de circunstâncias negativas. Agora você está acostumado a estas últimas e, portanto, reprime a combinação de sentimentos prazerosos e eventos negativos.

Em lugar de reprimi-la, negá-la, desviar o olhar, você deve enfrentá-la. Ao encarar e compreender esse fato, sem culpa ou vergonha , você tem de aprender no curso do crescimento que toda imperfeição deve ser aceita e compreendida antes que possa ser mudada. Assim , na medida em que é bem-sucedido em encarar a entender o seu conflito, o princípio do prazer vai correr em diferentes canais. Quando isso acontecer, a mobilidade irá existir sem tensão e ansiedade, e o relaxamento vai existir sem estagnação.

Todos vocês, tentem encontrar o seu “casamento” interior específico entre a corrente do prazer e uma condição negativa. Quando encontrar esse casamento dentro das forças da sua alma, em termos específicos, você conhecerá e entenderá perfeitamente certas manifestações externas dos seus problemas. O alívio da plena compreensão só pode produzir-se quando você tem a coragem de encarar esse casamento. Quando você se torne capaz de formular clara e concisamente como as forças positivas e negativas estão combinadas no seu caso específico, você verá claramente a imagem exata da sua insatisfação. Verá por que você se mantém escondido de si mesmo e da vida; por que se retira dos seus próprios sentimentos; por que reprime e monta guarda sobre as forças mais espontâneas e criativas que existem dentro de você. Você verá por que bloqueia sentimentos, às vezes com muita dor, e então tenta racionalizá-los e afastá-los com explicações.

Faça tentativas de descobrir os dois fatores que discutimos:

Primeiro, descubra como você se entorpeceu; descubra as áreas nas quais desenvolveu uma insensibilidade para com a sua própria dor. Permaneça alerta quando estiver interagindo com os outros e procure por momentos nos quais tem um sentimento momentâneo e imediato de compaixão e empatia, e então, rapidamente, o afasta e torna-se separado e insensível.

Segundo, descubra em que aspecto o princípio de vida e prazer está ligado a uma condição negativa. Em que medida isso se manifesta – talvez apenas em suas fantasias – e como isso o afasta da auto-expressão, da união, da experiência, de um estado sem medo de auto-realização com um espírito próximo.

Amor, Luz , Paz , Gratidão e Namastê !
Love, Light, Peace, Gratitude and Namaste!
Amour, de Lumière, la Paix, Gratitude et Namaste!
Amor, Luz, Paz, Gratitud y Namaste!
الحب، والضوء، والسلام، والامتنان وناماستي!
愛、光、平和、感謝と​​ナマステ!
Amore, Luce, Pace, Gratitudine e Namaste!
Liebe, Licht, Frieden, Dankbarkeit und Namaste!
Любовь, свет, мир, благодарность и Namaste!
Upendo, Mwanga, Amani, Shukurani na Namaste!
LOVE AND LIGHT TO ALL !



Publicada por RENAN ROXAN. NOAH, ETHAN,DIEGO,VLADIMIR,KADHI,ADNAN,MATSUO, RAJEEV , TIAN E ANONYMOUS.COORDENADORES MUNDIAIS. em 03:33 Nenhum comentário:






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