segunda-feira, 12 de março de 2012

CRISE CAPITALISTA NA EUROPA


Crise Capitalista na Europa

Atinge com força a Polônia e a Europa Oriental

O aprofundamento da crise atinge em cheio a economia da Polônia, que cresceu 4,3% em 2011, e toda a Europa Oriental devido ao contagio da zona do euro.

10 de março de 2012 - O turbilhão da crise capitalista mundial está arrastando todos os países da Europa, e do mundo, inclusive aqueles que tinham apresentando um certo crescimento no último período.

A economia da Polônia está se deteriorando, de maneira acelerada, devido à sua forte exposição à crise da zona do euro. Apesar de ter sido batizada de “ilha verde”, por ter sido o único país europeu a não entrar em recessão, e ter crescido acima dos 4% em 2011, agora teve a sua previsão para este ano rebaixada para 2,5% em fevereiro. A depreciação da moeda nacional, o zloty, tem ajudado às exportações, mas a queda da demanda na Europa e o aumento das pressões inflacionárias devido à disparada dos preços do petróleo e dos alimentos provocada pela especulação financeira nos mercados futuros de commodities ameaçam arrastar também a Polônia à recessão e disparar a dívida pública, que hoje, de acordo com os dados oficiais, está um pouco abaixo dos 60% do PIB. Os juros ultrapassaram os 6% e existe a possibilidade de que disparem no segundo semestre devido à queda ainda mais acentuada das exportações.

Os planos de austeridade já provocaram o aumento da idade de aposentadoria, que passou de 65 para 67 anos, o corte de vários benefícios trabalhistas para os trabalhadores mineiros, e até o corte de vários benefícios para os sacerdotes.

Os empréstimos para a Polônia registraram queda de US$ 12 bilhões em 2011, de acordo com o BIS (Bank for International Settlements).

A escalada da crise capitalista na Europa Oriental

A repatriação de grandes volumes de capitais pelos bancos imperialistas por causa dos rombos nas suas matrizes, tem, praticamente, secado o crédito disponível. Sete bancos imperialistas europeus têm vendido, ou continuam tentando vender, os seus negócios na Polônia e na Turquia e com dificuldades para encontrar interessados. O alemão Commezbank e o italiano Unicredit pretende cessar essas operações até junho. Na Letônia, os banco suecos Swedbank e Seb, que controlam 40% do mercado, enfrentam problemas e se preparam para deixar o País. Na Bulgária, Polônia, Romênia e Sérvia, 20% do mercado financeiro é controlado por bancos dos países que enfrentam as piores crises na Europa – Portugal, Itália, Grécia e Espanha. Apesar de ter declarado, em 2008, que os negócios na Polônia eram tão importantes quantos em Portugal, o presidente do banco português BCP colocou as suas operações na Polônia à venda por € 2,1 bilhões,.

Os bancos austríacos Erste Group Bank e o Raif-feisen Bank International deverão passar a realizar empréstimos na Croácia, República Checa e na Hungria com recursos locais devido às novas regras das autoridades austríacas. Na Croácia, 48% do sistema financeiro é controlado pelos bancos italianos e 36% austríacos de acordo com a agência Fitch.

O ministro das finanças da Romênia, Gheorghe Lalomitianu, após ter anunciado que a economia do País cresceu 4,4% no terceiro trimestre de 2011, implementou um pacote de austeridade que contempla como medidas o congelamento dos salários dos funcionários públicos e das aposentadorias, o corte dos investimentos em saúde pública e a privatização de várias empresas estatais. O déficit público atingiu quase 4,5% . A UE reduziu as expectativas de crescimento para este ano de 2,1% para 1,6%. 16% do setor financeiro romeno está nas mãos de bancos gregos e uma parte importante do sistema bancário é controlado pelos bancos austríacos que têm sido orientados pelas autoridades regulatórias austríacas a diminuir os empréstimos concedidos pelas suas subsidiárias com o objetivo de conseguir atender aos novos limites mínimos de capitalização da UE.

A disparada da inflação, que tem sido o principal combustível dos protestos populares, continua descontrolada devido ao aumento dos preços da energia e dos alimentos. A média geral da UE passou para 2,7%, mas na Hungria é de 5,1%, na Polônia 3,5%, na România 3,4% e na Bulgária 3,1%.

E O PLANO ILUMINATTI CONTINUA!!!
ALERTAS! OLHOS E MENTES BEM ABERTOS!

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