CONSCIÊNCIA:
A
consciência não existe por si mesma, é fruto da interação de duas polaridades;
o poder da energia criadora e a receptividade da matriz universal. É chamada de
Filho, em linguagem mística. Seu surgimento pode ser comparado com o salto de
uma centelha quando a tensão elétrica entre dois pólos atinge determinado grau.
Para manifestar-se, a consciência projeta-se de plano em plano, de Espelho em
Espelho, numa sucessão de imagens, até encapsular-se na ideia do eu – imagem-instrumento
que utiliza para revelar-se. No decorrer desse processo, o que para a
consciência era no início instrumento de aprendizado, transforma-se em prisão e terá de ser destruído por ela,
tão logo desperte para realidades maiores. Feita à semelhança do Criador, a
consciência tem em seu centro o cosmos inteiro. Enquanto os dois pólos (o
impulso criador ou vontade divina e a matriz universal ou atividade dos
Espelhos) estiverem eletrizados, essa centelha existirá. Por isso se diz,
simbolicamente, que o cosmos é sustentado pela Vontade Suprema e, se por um
instante essa Vontade se retirasse, todos os universos deixariam de existir. A
consciência está presente tanto no substrato da manifestação quanto no sopro de
vida que a anima. É o caminho e o caminhante; está dentro e fora de todas as
coisas; mostra-se múltipla, sem todavia perder a integridade. Sua totalidade é
ainda desconhecida pelo homem terrestre, mas a ele é facultado penetrá-la. O
sentido de individualidade originado na mônada, projetado no espelho da alma e
refletido no ego humano é o fundamento de todas as suas ilusões.
A
consciência não é o corpo, nem a energia por ele expressa, é uma realidade essencial,
indestrutível, que pode polarizar-se em níveis mais densos ou mais sutis, a
depender do que a atrai. Essa atração determina o corpo que atuará como seu
principal veículo de manifestação. Os corpos são passíveis de ser destruídos,
dissipados ou fundidos; já a consciência pode elevar-se ou decair, mas sua
integridade interna jamais é tocada. A consciência passa por vários reinos até
chegar ao humano – transição para levá-la mais próximo à Fonte. Após
integrar-se ao reino humano, ao longo de sua evolução a consciência eleva-se de
nível em nível, deixa aqueles onde a superatividade do ego prevalece e ingressa
nos de vida anímica, grupal, e depois em outros mais sutis, até alcançar o monádico
e o divino. Em fases sucessivas, atinge o estado de Avatar e toma então
caminhos cósmicos mais abrangentes. Mesmo enquanto percorre o arco descendente
da evolução, ou seja, ao se projetar em planos cada vez mais densos, a
consciência encontra-se, em sentido bastante amplo, a caminho da Origem. Tal
processo é análogo ao de um raio de luz que, partindo do Sol, continua a ele
ligado; reflete-se em miríades de formas e, enriquecido com novas cores e
matizes, é pelo Sol reabsorvido como vibração. A interação da consciência do
homem com fogos imateriais ativa nele faculdades latentes. Essa faculdades
regularão no futuro o relacionamento da humanidade com o universo e podem ser
hoje despertadas em certo grau. Como se expressam por leis supranaturais, não
necessitam esperar para revelarem-se.
À
consciência não cabem denominações. Tem suas raízes onde classificações não
existem, onde a unidade absoluta prevalece. Referência para leitura: HISTÓRIA
ESCRITA NOS ESPELHOS (Princípios de comunicação cósmica) O NASCIMENTO DA
HUMANIDADE FUTURA, A CURA DA HUMANIDADE e NOVOS ORÁCULOS, do mesmo autor,
Editora Pensamento.
Fonte: Livro Glossário Esotérico / Ed. Pensamento - Trigueirinho (pág. 79)
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